Entre quadros e balões: uma nova maneira de ensinar
Nos últimos dias venho pensando em como tornar as aulas mais significativas para os meus alunos. Em como criar conexões que não sejam apenas conteúdos empurrados ladeira abaixo, mas pontes verdadeiras entre o que eles estudam e o que eles vivem.
Foi então que me veio uma ideia: transformar os conteúdos do livro didático em HQs. Sim, em histórias em quadrinhos! Pode parecer simples — ou até pueril — mas acredito que ali mora uma potência. As HQs têm uma linguagem acessível, visualmente estimulante, com ritmo narrativo e possibilidades infinitas de abordagem.
Imagino personagens que vivam dilemas cotidianos, como dividir uma pizza entre amigos, calcular o tempo de um trajeto ou entender por que um gelo derrete mais rápido fora da geladeira. Tudo isso contado em quadrinhos, com falas, expressões faciais e humor. Ao final, um espaço para os alunos interagirem: resolverem um desafio, criarem um final alternativo, desenharem uma cena extra.
Claro, ainda preciso amadurecer muito a ideia. Não sou um bom desenhista e talvez precise contar com ferramentas digitais ou até ajuda dos alunos mais artísticos. Mas acho que esse também é o ponto: convidar os alunos para fazer parte da construção do conhecimento de forma ativa, sensível e criativa.
Talvez não seja sobre ensinar de um jeito mais fácil, mas de um jeito mais afetuoso. E nesse mundo onde tudo é rápido, onde o senso de urgência atropela o cuidado, talvez as HQs possam ser um respiro. Um entre parênteses dentro da sala de aula.
Estou animado. E com medo. Mas acho que é assim que a gente sabe que está tentando algo novo.

Comentários
Postar um comentário